por Clarissa Bessa

Quando você pensa em assinatura híbrida, o que vem na sua cabeça? Se é a assinatura nas formas física e digital em um mesmo documento, você está enganado!

Por mais que a palavra “híbrida” possa remeter a algo que mescle o digital e o físico, no caso da assinatura digital não é bem assim. Na assinatura híbrida, são usadas duas formas de assinar um documento, mas são diferentes formas digitais de assinatura. 

E quais são essas diferentes formas de assinatura digital que são utilizadas na assinatura híbrida? A gente responde: são as assinaturas eletrônica (sem certificado) e digital (com certificado). 

A assinatura digital tem a sua validade garantida pelo uso do certificado digital. Normalmente, esse tipo de certificado é utilizado por profissionais cuja área de atuação exige a autenticação de processos digitalmente, por meio da criptografia.

Já a assinatura eletrônica não depende de um certificado para ter sua validade garantida, ela é validada através de dados que são fornecidos quando a assinatura é feita, como: e-mail do assinante, data e horário da assinatura, bem como o IP da máquina utilizada, entre outras informações. 

Quando usar a assinatura híbrida em seus documentos?

Como citamos acima, utilizar a assinatura híbrida nos documentos digitais possibilita que diversos signatários possam assinar um mesmo documento, independente de possuir um certificado digital ou não. 

Por exemplo: Se para um laudo médico for necessária a assinatura do médico e do paciente, o médico terá a necessidade de assinar com um certificado digital, para comprovar a autenticidade da sua assinatura, já que é o profissional que está passando o diagnóstico. Já o paciente, que também irá assinar, não precisará de um certificado, a validade de sua assinatura virá de outras formas, como já citamos neste artigo. Ou seja, o médico fará uma assinatura digital, enquanto o paciente fará uma assinatura eletrônica, em um mesmo documento.  

Além disso, em qualquer cenário de uma organização, com a assinatura híbrida não há a necessidade de limitar a participação de qualquer colaborador em contratos e documentos que possuam ou não certificados digitais. Assim, se tornam muito mais simples as gestões e revisões de documentos por diversas pessoas e, com isso, mais negócios e processos podem ser realizados, com a participação de vários tipos de assinantes: empresas, pessoas físicas, autônomos, entre outros.